sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, O TREM, AS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS

Fonte: Google Imagens.

A Revolução Industrial, deflagrada pela Inglaterra na segunda metade do século XVIII, encerra o período histórico da Idade Moderna e faz o Mundo já avistar as portas da Idade Contemporânea. Até então, somente o torque dos músculos humanos, a tração animal e, de modo primário, a força hidráulica, conseguiam girar a roda. Aos poucos, essa energia física é substituída pela energia mecânica. Surgem as primeiras invenções automotrizes: nas indústrias têxteis, o tear a vapor de James Watt; na água, novas embarcações deslizam a partir da queima da lenha em suas fornalhas; e nas ferrovias, que velozes se irradiam, proliferam-se locomotivas acionadas pela combustão do coque, a puxar composições lotadas de pessoas ou a escoar rapidamente a produção de bens de consumo, agora em série e em larga escala. De maneira gradual, desvela-se a era do racionalismo, da engenharia, do carvão, da siderurgia, das ligas de ferro-carbono e, consequentemente, da maior agressão ao meio ambiente, quando extraídas as matérias-primas que darão forma às máquinas, aos trilhos, às torres e às pontes com vãos jamais imaginados por uma sociedade surpreendida pelos mentores da industrialização. No mesmo curso, e com igual vigor, a Época é marcada por reformas urbanísticas que suplantam os traçados medievais das cidades em expansão. Torna-se urgente reconfigurar os espaços públicos, redimensioná-los, higienizá-los, extinguir guetos insalubres, erradicar epidemias, diminuir distâncias, dinamizar o transporte; e construir sistemas infra-estruturais eficientes, bem como massas edificadas que sejam funcionais às novas demandas tecnológicas e populacionais, e mais condizentes com a atual ordem imposta pelo Capitalismo, que, de uma vez por todas, desprendera-se do vencilho primitivista do mercantilismo feudal, consolidando-se como o modelo sócio-econômico do Ocidente. Erguem-se, assim, prédios de caráter emblemático à Revolução Industrial: fábricas, armazéns portuários, vilas fabris e as estações ferroviárias.

(Fábio Torres).   

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