sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Poema FUNERAL

nem exposição
nem reza
nem carro negro
nem túmulo

lua de prata espelhando o mar
o veleiro está em chamas
e o meu corpo está lá

espelho d’água
o veleiro ainda arde
e a minha carne esta-lando

o sol incendeia o mar
o veleiro esfriando
cedro queimado molhado salgado
e as minhas cinzas poluindo o mar

nem exposição
nem reza
nem carro negro
nem túmulo

só luz de prata
espelho de fogo
e mar poluído

(Fábio Torres).

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