segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Poema A COISA (o asco... o nojo... a ojeriza!!!)

Fonte: Google Imagens.
De que runas malditas!?...
De que entranhas,
e das entranhas do quê,
nasceu tal ser!!???
Substrato putrefato
Restos podres de um asno
Monstro fotofóbico e
insetífero de abundantes
e fétidas secreções
Nédio e rúbido octópode
das areias movediças
Criatura amorfa e dissoluta de um
espaço multi-fantasmagórico.
És a matéria orgânica
em adiantado estado
da decomposição
D'onde flui o metano,
o fogo-fátuo
Incendiando vorazmente a
pureza do azul atmosférico
Devorando predatoriamente
toda a beleza natural.
És o micro-organismo viródico
que atacou fulminantemente
a maciez da pele, e a da relva;
o verde dos olhos, e o da selva.
És o ser da terra
que bebeu a cor da horta.
És a repulsa do fogo pela água,
e a da morte pela vida.
És uma pulga... repugnante
Na verdade, és um batalhão
de pulgas repugnantes 
Que infestou o pêlo
que encobria o dorso
do poodle de Elizabeth,
da Inglaterra
Pêlo este que outrora
fora afagado e carinhado
pelas mãos de toda a realeza.
És a peste epidêmica,
a mais mortal bactéria
daquelas que habitam a saliva
dos dragões de Komodo
e o mais horrendo e maléfico
demônio vindo do século XVI.
És a crosta indignante
que se alastrou por toda
a verde mata amazônica,
obstruindo completamente
os pulmões do Globo.
És o fantasma do passado,
destrutor dos sonhos de felicidade,
cingindo com penúria os anseios,
evocando os fracassos da mocidade.
És o ente nauseabundo
A coisa das trevas... do lúgubre
Funesta, nefasta
Sinistra, soturna
Medonha, danada
Infausta, nociva
Dianha, esquálida
Sórdida, lívida
.......................
.......................

(Fábio Torres).

Fonte: Google Imagens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário