domingo, 4 de setembro de 2011

Poema QUIRÓPTEROS

Fonte: Google Imagens.

PASSADO:
Em noites de setembro eu, criança, suspenso a adorar morcegos
Sonhando ser uma daquelas incríveis criaturinhas aladas
A tarde ia embora, e lá vinham eles, ao céu e às árvores
Eu já os esperava para observá-los flutuando no ar
E ouvir os seus diálogos e o som das frutas
sendo talhadas e trituradas por dentes afiadíssimos.

CANÇÃO:
"Sou um lindo príncipe frugívoro
Um cão negro voador
Não sou um vampiro sedento
Não há, fora do peito, um coração partido ao meio
nem banho de sangue na hora final
Não há um crânio vazio encravado nas pedras
nem morada de escorpiões".

PRISÃO:
Oh!... que fascinante!
Eu não havia percebido antes
Mas agora, olhando você bem de perto,
caio na teia do espanto
Ofuscado pelo opaco flamejante dos teus olhos escarlates.

MORTE:
"Olhe bem pra mim
Veja o que o ódio é capaz de fazer
Morro pobre e desarmado sob o peso das mãos do
predador".

(Fábio Torres).

Fonte: Google Imagens.

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